segunda-feira, 17 de maio de 2010

Acalento

(In memória de vó Laurinda)

Lembro-me do acalento

De suas mãos desde que eram firmes,

Até o momento em que ficaram enrijecidas

Pelas marcas do tempo.
O que importava era o carinho

Que delas exalavam

O afeto que acalmava

E, todo o amor que demonstrava
Lembro-me de seu cabelo branco

Que tanta história contava

E tantas lembranças murmuravam

Assim, eu era pra você sempre criança,

Criança que já não afagava no colo

Mas acalentava no abraço,

No riso,

No acenar da despedida!

Vovó,

comigo levarei sua lembrança

por todos os caminhos que eu andar,

Pelo bosque, jardim, por todo o meu pensar,

Jamais esquecerei

que um dia me embalou com mãos de fada,

Alegrou-me com suas palavras sábias e me amou com coração de mãe!

Assim minha doce velhinha,

passe o tempo,

gire o vento,

adormeça meu sofrimento,

Continuará sendo pra mim sempre meu acalento.

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